30) O que a Bíblia diz sobre o aborto?

Aborto é a morte espontânea ou provocada na concepção dentro do ventre materno. Existem duas distinções: 1) aborto espontâneo – que surgem por efeitos naturais, independente da vontade humana, geralmente por doença da mãe ou por doenças cromossômicas do feto. 2) os provocados – quando o aborto é intencionalmente criado. E aí entra a palavra de Deus. Estatísticas em Portugal e nos EUA mostram que 95% dos abortos são feitos por conveniência. E é importante lembrar que quanto mais nova é a mãe maior a probabilidade de que ela fique estéril. No Canadá 30% das meninas de idade entre 15 a 17 anos que fizeram abortos ficaram estéreis. Algumas operações abortivas:


1 – Sucção – é semelhante a um aspirador. O bebê é sugado do ventre e depois feito em pedaços. É um dos métodos legalmente autorizados para abortar.

2 – Embriotomia – o médico corta o bebê dentro do ventre materno.

3 – Operação cirúrgica – é utilizado quando o feto já está desenvolvido. Tira o bebê e mata já fora.

4 – Solução salina – é bem usado. Injeta solução salina no saco embrionário. O bebê morre queimado por causa do sal. Só que com o “avanço” da ciência já existem remedinhos vendidos em farmácias que aborta durante as primeiras semanas.

O código penal de Portugal sofreu várias modificações não punindo a interrupção voluntária da gravidez nos seguintes casos:

a) motivo terapêutico – entre a vida da mãe e a do filho nas primeiras semanas de gravidez. Isto, com certeza, é uma escolha do casal debaixo da orientação de Deus.

b) motivo eugênico – malformação congênita e for realizada nas 24 semanas de gravidez (vamos estudar).

c) motivo criminológico – em caso de estupro (vamos estudar)O que é inadmissível é o aborto feito para resolver o planejamento familiar. Para isso existem os anticoncepcionais.

Posição da Bíblia:

Em Gênesis 1:28 mostra que a reprodução era um dos propósitos da criação do homem por Deus. A Bíblia não tem nenhuma passagem que dê o direito de matar o semelhante. Um dos mandamentos é “não matarás” (Êx 20:13). Isso em nenhuma hipótese! Devemos ser a favor da vida! Mesmo em caso de estupro não se pode generalizar o que fazer ou não, mas deve sempre que possível lutar pela vida. Uma criança não tem culpa dos erros dos adultos. É bom lembrar que o primeiro órgão a ser formado no feto é o coração e ele começa a bater 21 dias após a concepção.

“O Senhor é quem tira a vida e a dá” (1 Sm 2:6).

No caso da malformação, da criança nascer deformada, temos que levar em conta que na maioria das vezes que nasce com deformações encefálicas anormais (cérebro) geralmente a criança morre minutos depois do parto. Temos que ter cuidado para não legalizarmos com essa idéia a eutanásia infantil, homicídios de bebês doentes, deficientes, senão daqui a pouco estaremos apagando todos os velhinhos inúteis da terra.

Deus disse em Êx 4:11 “Quem fez o mudo ou o que vê ou o cego? Não sou eu, o Senhor?” Parece que Deus está no controle de tudo! E nos conhece há muito tempo. “Antes que te formasses no ventre te conheci e antes que saísses da madre te santifiquei” (Jr 1:5). Leia Sl 51:5; Is 49:1,5; Sl 139.

A única vez que a Bíblia trata diretamente do aborto está em Êx 21:22,23. Fala que se dois homens estiverem lutando e esbarrarem em cima de uma mulher grávida e ela perdesse o bebê deveriam pagar uma indenização. Agora se matasse a mulher deveria pagar com sua própria vida.

Lei brasileira acerca do aborto:

O aborto é permitido pela lei (artigo 128 do código penal) em 2 hipóteses:

1) Aborto necessário – quando não há outro meio de salvar a vida da gestante (deve haver perigo à vida.

2) Aborto sentimental – chamado ético ou humanitário: quando a gravidez decorre de estupro e a gestante consente em fazê-lo. É bom ressaltar que a lei não pune o aborto nos casos acima quando realizado por médicos; e para a prática deles não é necessária autorização judicial, pois é um direito instituído em lei. Mas existem casos em juízo em que as gestantes têm conseguido autorização judicial para praticar o aborto em casos de fetos com acefalia (ausência de cérebro) e outros casos de anomalias que ensejariam a morte da criança após o nascimento. Algumas decisões favoráveis têm incentivado a criação de um projeto de lei que autoriza o aborto nestes casos.